sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Paleontologia brasileira premiada

O paleontólogo e colunista da CH On-line Alexander Kellner foi um dos ganhadores deste ano do prêmio concedido pela Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento

Alexander Kellner
Alexander Kellner, pesquisador do Museu Nacional/UFRJ

Mais três brasileiros acabam de entrar na lista dos contemplados com o Prêmio TWAS, concedido pela Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento a cientistas desses países por suas contribuições ao conhecimento em oito diferentes áreas. Um dos laureados é o paleontólogo Alexander Kellner, autor da coluna Caçadores de fósseis, publicada mensalmente na CH On-line. Ele dividiu com o indiano Anil Gupta a premiação na categoria Ciências da Terra. O prêmio foi anunciado esta semana na Índia.

Pesquisador do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Kellner foi reconhecido pelo trabalho sobre a biodiversidade e os ecossistemas existentes no passado do nosso planeta a partir de suas detalhadas pesquisas sobre fósseis. Membro titular da Academia Brasileira de Ciências, ele participou da descoberta e descrição de 30 novas espécies de vertebrados fósseis e publicou mais de 120 estudos inéditos em periódicos nacionais e internacionais.

“Já ganhei vários prêmios, mas este é o primeiro em que recebo dinheiro”, brincou Kellner, bem-humorado, sobre os 15 mil dólares em que consistiu a premiação.

Além de Kellner, outros dois brasileiros figuraram entre os ganhadores do Prêmio TWAS

Além de Kellner, outros dois brasileiros figuraram entre os ganhadores das diversas categorias. Edgar Zanotto, da Universidade Federal de São Carlos, dividiu com o indiano Vivek Borkar o prêmio na categoria Ciências da Engenharia. Já Carlos Gustavo Tamm de Araújo Moreira, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, compartilhou com Manindra Agrawal, também da Índia, a premiação de Matemática.

As categorias Ciências Agrícolas, Biologia, Química, Física e Ciências Médicas contaram com premiados internacionais. Os vencedores já estão convidados a apresentar suas pesquisas em palestras no próximo ano no 22º Encontro Geral Acadêmico da TWAS, que acontecerá em Marrocos, onde receberão medalhas e os prêmios em dinheiro.

Carolina Drago
Ciência Hoje On-line

Lucy e suas ferramentas

Publicado em 11/08/2010

Um achado na Etiópia mostra que hominídeos podem ter usado ferramentas 800 mil anos antes que se acreditava, na época dos australopitecos, e indica que a espécie da famosa Lucy já comia carne. Todas essas informações vieram de apenas dois ossos.

Lucy e suas ferramentas

As marcas de cortes e talhos nos dois ossos encontrados em Dikika, na Etiópia, indicam que hominídeos da época – cerca de 3,4 milhões de anos atrás – já usavam ferramentas de pedra e comiam carne (foto: Dikika Research Project).

Eram dois ossos fossilizados de grandes mamíferos: um pedaço de costela e um trecho de um fêmur. Os depósitos vulcânicos onde foram encontrados em Dikika, na Etiópia, indicam que são de 3,42 a 3,24 milhões de anos atrás. Mas o fator decisivo para a descoberta foram as falhas em suas superfícies: marcas de cortes, talhos e golpes, que não poderiam ter sido feitos por outros animal nem pelas mãos humanas.

Fóssil em detalhe
O detalhe mostra dois cortes paralelos feitos por ferramentas na costela encontrado, que pertencia a um mamífero do tamanho de uma vaca (foto: Dikika Research Project).

A conclusão dos pesquisadores – liderados por Shannon McPherron, do Instituto de Antrolopogia Evolutiva Max Planck, na Alemanha, e Zeresenay Alemseged, da Academia de Ciências da Califórnia – é que estavam diante de ossos de animais que serviram de jantar aos Australopithecus afarensis.

As marcas teriam sido deixadas por instrumentos de pedra, usados para raspar a carne do osso e tirar a medula de seu interior, também para a alimentação. De acordo com o estudo, é a primeira evidência de que os australopitecos usavam ferramentas, e também que comiam carne.

"Pela primeira vez imaginamos Lucy com uma ferramenta de pedra na mão, e procurando carne”

“Agora, quando imaginamos a Lucy caminhando pela paisagem do leste africano em busca de comida, pela primeira vez podemos imaginá-la com uma ferramenta de pedra na mão, e procurando carne”, disse o arqueólogo Shannon McPherron, em comunicado do Instituto Max Planck.

Os fósseis mais conhecidos de australopitecos são os de Lucy e Selam. Este último ficou conhecido como o ‘filho de Lucy’: uma criança de 3,3 milhões de anos descoberta também em Dikika, em 2006, e pela mesma equipe de pesquisadores – a apenas centenas de metros de onde foi feita a nova descoberta. Como naquela ocasião, o novo achado foi publicado na revista Nature, nesta semana.

Zeresenay Alemseged
O paleoantropologista Zeresenay Alemseged escava fóssil de um rinoceronte de 3,4 milhões de anos, encontrado no mesmo lugar que os ossos com marcas de ferramentas (Dikika Research Project).

As mais antigas até então

Até agora, as ferramentas de pedra mais antigas que se conhecia eram de entre 2,5 e 2,6 milhões de anos atrás, encontradas em Gona, na Etiópia. Eram também desta época as primeiras evidências do uso de ferramentas para abater animais, graças a ossos com marcas de corte encontradas em Bouri, no mesmo país.

“A descoberta desloca radicalmente a linha de tempo sobre os hábitos de caça de nossos ancestrais”, diz paleoantropologista Alemseged.

Ferramentas não seriam usadas para caçar, e sim para se aproveitar de restos deixados por predadores

Segundo o estudo, as ferramentas provavelmente não seriam usadas pelos hominídeos para caçar, e sim para se aproveitar de restos deixados por predadores. Ainda assim, o consumo de carne e o uso de ferramentas são dois passos decisivos na trilha do desenvolvimento humano.

Além de representar grandes mudanças na interação com a natureza, permitindo explorar novos territórios e comer outros alimentos, o uso de ferramentas é acompanhado de sua fabricação – “hábito precursor de tecnologias tão avançadas quanto aviões, aparelhos de ressonância magnética e iPhones”, lembra Alemseged.


Júlia Dias Carneiro
Ciência Hoje On-line

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fotos da Aula de Campo em Morro do Chapéu -Ba. By Luis Fernando

Toda a Turma reunida na Cachoeira do Ferro Doido
Um Estromatólito
A Professora Rita nos dando orientações.

Seu Gilmar(O Guia) e as Meninas.
Paisagem do alto do Morrão
Tipo de Vegetação daquela localidade

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Diario de Bordo da aula de Campo em Morro do Chapéu-BA Regiane Coelho

Dia 3/6: Primeiro dia. Saímos da Jequié e viajamos aproximadamente 09 horas, agora acabamos de chegar a Morro do Chapéu, deixamos nossas bagagens e fomos para a nossa primeira aula de campo. Fomos conhecer o Morrão Situado à apenas 8 km de Morro do Chapéu, esse destino é o ideal para aqueles que gostam de contemplar belas paisagens. O “Morrão” , como é chamado hoje, é o ponto mais alto do relevo do município, chegando a 1293 metros de altitude. No passado, os primeiros desbravadores, ao chegarem na Chapada Velha, avistaram esse grande morro em forma de chapéu. Ao longo dos anos, essa impressão foi reforçada, e acabou por determinar o nome da cidade. Além de possibilitar uma visão panorâmica da região, o Morrão reúne em seu topo, diversas espécies da flora nativa, com destaque para a beleza das bromélias e das orquídeas. A abundância destas últimas na região, colocam Morro do Chapéu, segundo o orquidófolo Marcio Brito, na segunda colocação da Bahia na ocorrência destas flores, perdendo apenas para a cidade de Cruz das Almas, na região do recôncavo baiano. Além de conhecer o tipo de vegetação. Era bastante comum a presença de bromélias, xique-xique,gravatá, além do pau de resposta que uma planta utilizada pelos nativos como afrodisíaco. Saindo do Morrão, fomos conhecer o buraco do Possidônio, neste local descobrimos que o tipo de formação era outro, era a formação caboclo, Imensa cratera com uns 60m de profundidade, cuja vegetação é um misto de cerrado (no exterior) e árvores de grande porte como o Cedro no interior. Localiza-se a 17km da sede e o seu acesso se dá através de estrada de cascalho. Sua origem é atribuída a um abalo sísmico.. A vegetação do local era composta de: árvores de cedro, e o licurí. Depois , retornamos para a pousada. Às 20hs após o jantar fomos para a sala de apresentação( uma espécie de sala de aula). Escutamos as recomendações da Professora Rita em relação às apresentações dos seminários que seria hoje, mais em decorrência do horário que chegamos em Morro do Chapéu, foi adiada para o dia seguinte. Em seguida, foi realizado o sorteio do amigo ecológico, depois a Professora nos liberou para começarmos a preparar os seminários.


Dia 4/6: Segundo dia de atividades em campo. Primeiramente pela manhã, conhecemos a gruta cristal, Este domínio abrange quatro cavidades denominadas Cristal I, Cristal II, Pé de Manga e dolina Buracão IV. A Gruta do Cristal I que possui cerca de 3.000 m de extensão é a mais importante. A altura varia de menos de 1m a mais de 30m. Presença de salões e galerias. A gruta é praticamente desprovida de espeleotemas. Acesso pela rodovia Morro do Chapéu – Bonito até o Distrito de Arizona (Catuaba); estrada de cascalho para Cafarnaum(2km); desvio à direita por estrada secundária (1,5km).. Antes de conhecermos a gruta, no caminho observamos alguns estromatólitos, estruturas laminadas construídas principalmente por cianobactérias. Estas bactérias formam uma rede filamentosa, recoberta por bainhas mucilaginosas, que fixam o carbonato de cálcio do meio circundante, construindo, uma estrutura laminar que se desenvolve através da agregação de grãos detríticos, cimentados pelo carbonato de cálcio. Em seguida, fomos à gruta Cristal, e coletamos fósseis e subfósseis em caverna. A tarde fomos conhecer a Fazenda Arrecife, e observamos uma variedade imensa de Estromatólitos.foi uma experiência extraordinária para nossos conhecimento na área.


Dia 5/6: Terceiro dia. Fomos conhecer a Cachoeira do ferro doido Situada a 18 km da sede deste município e a apenas 500m da Estrada do Feijão, chega a alcançar no seu ponto mais alto 98m de altura, formada pelo rio de mesmo nome, que nasce na Boca do Cedro, ao sul da sede deste município. Os arredores desta cachoeira foram espaços usados pelos garimpeiros por volta de 1883 a 1930 para a exploração do diamante/carbonato., uma das paisagens mais incriveis que eu já vi em toda a minha vida. Em seguida, conhecemos a gruta dos brejões. Podemos observar a riqueza de espeliotemas, foi incrível. Saímos de lá um pouco cançados, pois andamos muito neste dia, mais valeu a pena. Retornamos a pousada e após o jantar, aconteceu a amostra fotografica de cada grupo. Depois de todas às apresentações, Toda a Turma, juntamente com a Professora Rita, fizeram uma surpresa para mim, um bolo de chocolate, amei muito, e gostaria de agradecer a todos pela surpresa. Por fim, fomos à um Forro, foi super divertido. Este dia foi longo, mas proveitoso.


Dia 6/6: Quarto dia de prática. Conhecemos a Cidade das Pedras, um local incrível, observamos as diversas pinturas rupestre do local. Gostei muito deste dia, pois observei pessoalmente esta arte incrível de povos que habitaram àquele local. Em seguida, conhecemos a vila de Ventura– Garimpeiros foragidos do município de Lençóis, por volta de 1840, se abrigam nas grotas da fazenda do Cel. Porfírio Pereira, próximo a uma cachoeira (hoje faz. Várzea da Cobra). Um dos garimpeiros chamava-se Ventura, logo descobriram diamante e carbonato, instalaram um pequeno corte de garimpo, sob proteção do Cel. Porfírio e passaram a vender as pedras na cidade de Lençóis, tendo sido o Ventura (garimpeiro) responsável pela venda dos primeiros diamantes, o nome “VENTURA” ficou sendo a referência do local de onde procediam os diamantes, logo em toda a região das lavras este Ventura ficou sendo comentado e assim muitos outros garimpeiros começam a povoar as terras do novo Ventura.,. Gostei muito. Por fim, retornamos para casa. Foi uma experiência incrível, é muito bom poder participar destas aulas de campo. Adorei esta aula de campo foi uma experiência incrível.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Diário de Bordo da Viagem em Morro do Chapéu-Ba. Luis Fermnando

Dia 3/6: Primeiro dia. Nós chegamos em Morro do Chapéu, deixamos nossas bagagens e fomos para a nossa primeira saída de campo. Conhecemos primeiramente o Morrão. Uma paisagem impressionante. Eu descobri o tipo de formação daquele local, que é a formação Morro do chapéu. Além de conhecer o tipo de vegetação. Era bastante comum a presença de bromélias, xique-xique,gravatá, além do pau de resposta que uma planta utilizada pelos nativos como afrodisíaco. Saindo do Morrão, fomos conhecer o buraco do Possidônio, neste local descobrimos que o tipo de formação era outro, era a formação caboclo. E eu pude observar a transição entre à caatinga, mata-atlântica e serrado. A vegetação do local era composta de: árvores de cedro, e o licurí. Depois de conhecer o buraco do possidônio, retornamos para a pousada. Às 20hs após o jantar fomos para a sala de apresentação( uma espécie de sala de aula). Escutamos as recomendações da Professora Rita em relação às apresentações dos seminários que seria hoje, mais em decorrência do horário que chegamos em Morro do Chapéu, foi adiada para o dia seguinte. Em seguida, foi realizado o sorteio do amigo ecológico, depois a Professora nos liberou para começarmos a preparar os seminários.
Eu, juntamente com a minha equipe nos reunimos e preparamos o seminário a ser apresentado amanhã após as atividades de campo.

Dia 4/6: Segundo dia de atividades em campo. Primeiramente pela manhã, conhecemos a gruta cristal, uma gruta que não possuia espeliotemas(calcária) ou seja, estalactites e estalagmites. O tipo de formação era Caboclo. Antes de conhecermos a gruta, no caminho observamos alguns estromatólitos, estruturas laminadas construídas principalmente por cianobactérias. Estas bactérias formam uma rede filamentosa, recoberta por bainhas mucilaginosas, que fixam o carbonato de cálcio do meio circundante, construindo, pouco a pouco, uma estrutura laminar que se desenvolve através da agregação de grãos detríticos, cimentados pelo carbonato de cálcio. Em seguida, fomos à gruta Cristal, e coletamos fósseis e subfósseis em caverna. A tarde fomos conhecer a Fazenda Arrecife, e observamos uma variedade imensa de Estromatólitos. Foi uma experiência sensacional.
Depois, retornamos para a pousada e após o jantar, todas às equipes apresentaram os seminários.


Dia 5/6: Terceiro dia, meu aniversário. Comemorei lá, curtindo à aula de campo, rsrsrsrsr. Eu, juntamente com a turma, conhecemos a Cachoeira do ferro doido, uma das paisagens mais incriveis que eu já vi em toda a minha vida. Em seguida, conhecemos a gruta dos brejões. Podemos observar a riqueza de espeliotemas, foi incrível. Saímos de lá um pouco cançados, pois andamos muito neste dia, mais valeu a pena. Retornamos a pousada e após o jantar, aconteceu a amostra fotografica de cada grupo. Depois de todas às apresentações, Toda a Turma, juntamente com a Professora Rita, fizeram uma surpresa para mim, um bolo de chocolate, amei muito, e gostaria de agradecer a todos pela surpresa. Por fim, fomos à um Forro, foi super divertido. Este dia foi longo, mas proveitoso.


Dia 6/6: Quarto dia de prática. Conhecemos a Cidade das Pedras, um local incrível, observamos as diversas pinturas rupestre do local. Gostei muito deste dia, pois observei pessoalmente esta arte incrível de povos que habitaram àquele local. Em seguida, conhecemos a cidade de Ventura, local em que há muiotos anos atrás, foi um lugar rico, onde ocorria a extração de diamantes. Neste local ocorreu o amigo Ecológico, onde ocorreram bastante resenhas. Gostei muito. Por fim, retornamos para casa. Foi uma experiência incrível, é muito bom poder participar destas aulas de campo. É um inriquecimento e tanto.

domingo, 6 de junho de 2010

Fósseis: Metodologia
A metodologia de trabalho do paleontólogo varia consoante o tipo de fósseis que pretende estudar (fósseis de plantas ou de animais, de animais vertebrados ou de invertebrados,somatofósseis ou icnofósseis), mas é sempre um trabalho rigoso e meticuloso, pautado por critérios científicos bem definidos, com o objetivo último de recuperar o máximo de informação possível sobre os organismos que povoaram o Planeta no passado geológico. Apesar de a metodologia de trabalho do paleontólogo variar de caso para caso.
Prospecção e Coleta de Fósseis
O trabalho de campo consiste em procurar e coletar fósseis.É necessário documentar e fotografar o local onde foi achado o fóssil. Algumas vezes é preciso usar um GPS para identificar as coordenadas geográficas do local. Fazer medições, para estabelecer a concentração de fósseis no afloramento. Após coletado o fóssil é necessário que o local seja visitado periodicamente, pois a erosão pode expor um novo fóssil futuramente ou deve-se começar um processo de escavação sistemático. Todas as informações do sítio devem ser devidamente documentas, fotografado e mapeado. A coleta ou escavação, é feito removendo-se o material por cima e entorno. Deve-se preparar o material para o transporte até o laboratório de paleontologia. Se o fóssil for pequeno, enrolar bem o fóssil com fita de caixa, já é o suficiente para o transporte. Às vezes é necessário engessar o bloco para ser transportado. Mas, dependendo do local e de outras condições é necessário fazer grande parte do trabalho de laboratório no local. Antigamente era feitos desenhos de todo o processo de escavação, para documentar a posição dos ossos,na atualidade usam-se câmaras fotográficas digitais com grande resolução gráfica, também o uso de um laptop, em campo pode ser muito útil, para coletar as fotos e analisadas no próprio local.
A preparação química, mecânica ou as duas são procedimentos necessários, pois os fósseis podem estar total ou parcialmente envolvidos nos sedimentos e todo cuidado é pouco: é preciso controlar o tempo de desgaste com brocas e também o tempo em que eles ficam no ácido e qualquer vacilação pode pôr tudo a perder. A preparação mecânica implica o uso de martelos, talhadeiras, brocas (como as dos dentistas), vibradores tanto para desgastar quanto para provocar vibrações, além de aparelhos que expelem jatos de areia e limpam sem desfigurar a anatomia do fóssil e, ainda, aparelhos de ultra-sonografia. Já a preparação química requer ácidos. Para fósseis constituídos de sílica ou fosfato, por exemplo, utiliza-se o ácido acético. Outros são preparados só com água oxigenada.
Após o material chegar ao laboratório começa a fase mais demorada de todo o trabalho, dependendo do fóssil e suas características pode haver vários procedimentos a serem seguidos O fato de o material estar no laboratório, permite que a remoção da terra possa ser feita lentamente e com mais cuidado do que em campo, acarretando menos dados ao fóssil. É feito o uso constante de fotografia durante a remoção da terra, pra documentação da posição dos ossos. Usa se espátulas para remover a terra e em alguns casos brocas de diamante, do mesmo tipo usado por dentistas, para remover restos de concreto. Também pode haver a quebra de ossos durante a remoção, o que requer o uso de cola. Para fichar o fóssil durante o processo de colagem, usa-se massa de modelar.
Usa-se uma caixa com areia para colocar-se os ossos, conforme são removidos do local onde estão e colocando-os em uma posição correspondente na caixa. Também pode se fazer um molde do fóssil, para ser posto em um museu mostrando a posição dos ossos conforme ele estava enterrado.
Muitas vezes quando falta um pedaço do fóssil, usa-se um complemento feito de durepox.
Dependendo do estado de conservação do fóssil pode ser necessário o uso de fixadores para preservar-lo.
Cópias e Moldes
Deve-se fazer o máximo para preservar o fóssil, por isso são feito cópias do fóssil.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

No dia 22 de maio de 2010 saiu no jornal Diário de Marilia que foi encontrado fóssil de uma possível nova espécie de dinossauro há 20 km ao norte de Marília. O animal pertence ao grupo dos Sphagessauríos e deva ser estudada em convênio entre o Museu de Paleontologia de Marília com as Universidades de Brasília e Bristol, na Inglaterra.
Foram encontrados apenas a mandíbula e parte da face do animal. A descoberta foi de William Nava, paleontólogo e coordenador do Museu de Paleontologia. Segundo ele, não se pode afirmar com certeza tratar-se de uma nova espécie, no entanto, diz que não há fósseis similares na região. O Willian Nava ainda diz: “Foram encontrados poucos crocodilos nesta área, há apenas um em Uberaba e vamos comparar para ver se trata-se do mesmo”.
Navas afirma que o animal era provavelmente omnívoro (que come vegetais e carnes) devido ao formato dos dentes, que eram inclinados para dentro. O animal media entre 3e 4 metros. Mais detalhes serão possíveis somente após estudo do fóssil.
Caso seja confirmado tratar-se de uma nova espécie, será a terceira encontrada na região de Marília, que faz parte da Bacia Bauru, que engloba todo o oeste paulista e partes de Minas Gerais e Mato Grosso. Foram descobertos na região o Mariliasuchus e o Titanossauro, que tornou museu referência na região.

Retirado do site: http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/82983/Encontrado-novo-fssil-de-crocodilo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

OS ESTROMATÓLITOS


Estromatólito (do grego stroma=cama, camada e lithos=rocha). São estruturas laminadas construídas principalmente por cianobactérias. Estas bactérias formam uma rede filamentosa, recoberta por bainhas mucilaginosas, que fixam o carbonato de cálcio do meio circundante, construindo, pouco a pouco, uma estrutura laminar que se desenvolve através da agregação de grãos detríticos, cimentados pelo carbonato de cálcio. Os estromatólitos são fósseis mais antigos que se conhecem, tendo surgido no Pré-cambriano Inferior, e alcançado grande desenvolvimento no Pré-câmbrico Superior. A partir do início do Paleozóico a sua importância diminuiu muito, provavelmente devido à ação de organismos que se alimentavam da matéria orgânica neles contida. Entre outras coisas, os estromatólitos são a evidência mais antiga da vida que se conhece na Terra. São organismos que mantiveram a sua linha evolutivos sendo também os primeiros recicladores de carbono. Foram os primeiros produtores de oxigênio e os primeiros formadores de zonas de recifes. As cianobactérias que participavam na construção dos estromatólitos foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigênio da atmosfera primitiva terrestre, realizando a fotossíntese e fornecendo a energia e o carbono, direta ou indiretamente, para uma vasta comunidade de seres vivos, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 mil milhões de anos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Visita Técnica ao Museu Antares de Ciência e Tecnologia e ao Museu Geológico da Bahia

Juci e o mastodonte namoro ou amizada!!!!!rsrsrsrsr
Luís e a professora Rita
Luís feliz da vida!!!!

Luís como sempre dando conselhos!!!rsrsrsr
Museu Antares... Uma experiência única
Réplica do meteorito Bendegó, o maior meteorito brasileiro, encontrado em 1784, no município baiano de Monte Santo e classificado como o 11° mais importante do mundo

Maquete da Era dos DinissauroEste momento foi incrivel...
Não é toda hora que nos deparamos com um Dinossauro. KKK.
Foi muito emocionante.


Museu Geológico da Bahia localizado na avenida Sete de Setembro, 2.195, no corredor da Vitória, em Salvador
Réplica de um Mastodonte

Reconstituição de um Mastodonte







terça-feira, 11 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nesta segunda-feira 10 de maio de 2010 fomos surpreendidos com uma reportagem do Jornal Hoje da emissora Rede Globo falando sobre a descoberta de um fóssil de tecodonte superpredador Prestosuchus chiniquensis, que viveu há cerca de 238 milhões de anos, encontrado no Rio Grande do Sul . O animal, que lembra uma mistura de cachorro com dinossauro, media cerca de sete metros de comprimento, tinha 1,6 metros de altura, pesava novecentos quilos e andava sobre as quatro patas. Os ossos foram encontrados no município de Dona Francisca, na região central do estado, por pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Evolução da Multicelularidade e a Transição de Ediacara a Burgess

Embora a terra tenha 4,6 bilhões de anos, a vida só surgiu por volta dos 3,5 bilhões de anos após o esfriamento e estabilização da crosta terrestre. Os primeiros registros de vestígio de vida foram os estromatólitos, ou seja, camadas de sedimentos capturados e aglutinados pelas células procarióticas (bactérias e cianofíceas) que dominaram o registro fóssil em todo o mundo durante mais de 2 bilhões de anos. As primeiras células eucarióticas no registro fóssil data-se de 1,4 milhões de anos, assinalando um grande aumento na complexidade da vida. Todavia os animais multicelulares surgiram pela primeira vez pouco antes da ocorrência da explosão cambriana numa fauna a Ediacara que possuíam organismos com corpo mole e achatado. Há cerca de 570 milhões de anos quando ocorreu a explosão Cambriana surgiram duas faunas Tommotiana e a Burgess Shale que possuíam organismos com partes duras.

sábado, 10 de abril de 2010

Paleontologia e Paleobiologia

A Paleontologia (do grego palaiós, antigo + óntos, ser + lógos, tratado) é a ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da informação biológica no registo geológico, isto é, a formação dos fósseis.
O objeto imediato de estudo da Paleontologia são os fósseis, pois são eles que, na atualidade, encerram a informação sobre a vida do passado do Planeta. Por isso, se diz frequentemente que a Paleontologia é, simplesmente, a ciência que estuda os fósseis. Contudo, esta é uma definição redutora, que limita o alcançe da Paleontologia, pois os seus objetivos fundamentais não se restringem ao estudo dos restos fossilizados dos organismos do passado. A Paleontologia não "pretende" apenas estudar os fósseis, procura também, com base neles, entre outros aspectos, conhecer a vida do passado geológico da Terra.
Uma vez que os fósseis são objectos geológicos com origem em organismos do passado, a Paleontologia é a disciplina científica que estabelece a ligação entre as ciências geológicas e as ciências biológicas. Conhecimentos acerca da Geografia são de suma importância para a paleontologia, entre outros, através desta pode-se relacionar o posicionamento e distribuição dos dados coletados pelo globo.
A Paleobiologia é a disciplina paleontológica que estuda a vida, em todos os seus aspectos, do passado geológico da Terra.Sendo o estudo da Biologia dos organismos do passado geológico, por via do estudo dos fósseis, a Paleobiologia, subdivide-se, basicamente, nas mesmas disciplinas que a Biologia, mas abordadas de uma perspectiva paleontológica: Paleozoologia, Paleobotânica, Paleoecologia, Paleoanatomia, Paleoneurologia, etc. É no seio da Paleobiologia que se insere a Paleozoologia, o estudo dos fósseis de animais, e a Paleobotânica, o estudo dos fósseis de plantas.
Enquanto a Paleozoologia e a Paleobotânica se centram em grupos biológicos (animais e plantas), a Paleoecologia é uma disciplina transversal no seio da Paleobiologia, centrando-se no estudo dos ecossistemas do passado, ou seja estudando as relações entre os diversos paleorganismos de uma determinada fatia temporal e entre estes e os paleoambientes em que viviam.
Outras disciplinas paleobiológicas transversais, que não estão limitadas a um dado grupo taxonómico, são, por exemplo: a Macropaleontologia, que estuda os fósseis visíveis a olho nú, e a Micropaleontologia, que estuda fósseis de pequenas dimensões, que necessitam de microscópio para serem convenientemente estudados.
Uma outra disciplina paleobiológica transerval, que abrange a Paleobotânica e a Micropaleontologia, é a Palinologia, que se dedica ao estudo dos pólen e dos esporos fossilizados.